Havia dois sujeitos.
O primeiro tinha de tudo na vida, no sentido mais materialista do termo. Tinha uma boa casa onde morava sozinho, às vezes com alguma companheira - que mudava com freqüência. As conquistava com suas boas aptidões físico-estéticas, e com seu carro. Era um carro moderno, recente, última moda. Versátil. Tinha uma poupança em dinheiro que havia sido acumulada por seus pais, e que estava reservada para algum grande empreendimento na sua vida. Talvez algo ligado a seus estudos. Sim, ele fazia faculdade, através da qual mantinha uma típica vida de universitário. Trabalhava também, claro.
Já o segundo não tinha nada. Não era pobre, mas não tinha nada. Morava num trailer, também sozinho, onde guardava suas bugigangas. Não eram muitas, nada mais do que alguns poucos móveis, utensílios de cozinha simples, roupas, uma cama. Havia uma TV e um rádio, que nem sempre podiam ser sintonizados. Os livros não eram muitos, mas lia algumas revistas, geralmente números antigos. Não trabalhava, mas fazia bicos com seus desenhos. Era o suficiente para alguns sanduíches.
Um dia, os dois perderam tudo.
O primeiro não foi mais visto. Não, ele não morreu, simplesmente não foi mais visto. Há quem diga que ele continuou indo a sua faculdade e conquistando suas garotas. Mas, de forma geral, sumiu. O segundo, por sua vez, começou a caminhar mais pelas ruas, prestar mais atenção a seus detalhes e suas gentes. Decidiu viajar carregando só uma mochila.
O primeiro tinha de tudo na vida, no sentido mais materialista do termo. Tinha uma boa casa onde morava sozinho, às vezes com alguma companheira - que mudava com freqüência. As conquistava com suas boas aptidões físico-estéticas, e com seu carro. Era um carro moderno, recente, última moda. Versátil. Tinha uma poupança em dinheiro que havia sido acumulada por seus pais, e que estava reservada para algum grande empreendimento na sua vida. Talvez algo ligado a seus estudos. Sim, ele fazia faculdade, através da qual mantinha uma típica vida de universitário. Trabalhava também, claro.
Já o segundo não tinha nada. Não era pobre, mas não tinha nada. Morava num trailer, também sozinho, onde guardava suas bugigangas. Não eram muitas, nada mais do que alguns poucos móveis, utensílios de cozinha simples, roupas, uma cama. Havia uma TV e um rádio, que nem sempre podiam ser sintonizados. Os livros não eram muitos, mas lia algumas revistas, geralmente números antigos. Não trabalhava, mas fazia bicos com seus desenhos. Era o suficiente para alguns sanduíches.
Um dia, os dois perderam tudo.
O primeiro não foi mais visto. Não, ele não morreu, simplesmente não foi mais visto. Há quem diga que ele continuou indo a sua faculdade e conquistando suas garotas. Mas, de forma geral, sumiu. O segundo, por sua vez, começou a caminhar mais pelas ruas, prestar mais atenção a seus detalhes e suas gentes. Decidiu viajar carregando só uma mochila.
Um comentário:
Perder tudo teve um significado muito diferente para ambos: um perdeu muito, e outro pouco. Para quem tem menos, é mais fácil perder tudo.
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